sábado, 14 de maio de 2011

Bastidores


São 3:47 do dia 29 de abril de 2011 é um dia de sexta-feira, na cidade é período de carnaval fora de época (micareta), como disse no inicio são exatamente 3:47, o relógio do meu computador, do celular, o transcreve. Estou preocupada, ansiosa, nervosa, stressada e com medo. Sim, estou receosa de que não dê certo, odeio sentir essa sensação que me angustia e que me consome pelas andanças da madrugada. É, desde o dia 21 de fevereiro deste mesmo ano, me envolve em uma organização de um evento da turma, no começo a idéia era de fazer um evento na própria faculdade, com um tema ligado a sexualidade, queria envolver além dos acadêmicos, estudantes de ensino médio e principalmente seus pais, o intuito do evento seria de divulgação, tanto para apresentarmos o nosso trabalho enquanto turma como também apresentar a nossa mais nova empreitada, é acho que esqueci de relatar o detalhe da empreitada (Na 1º Reunião de delegação dos cargos e analise de propostas de arrecadação financeira para nossa formatura, projetamos uma empresa, quer dizer queríamos ampliar a função da nova empresa de nossa querida amiga “CRIS”, seriamos então empreendedores no campo de acessória para eventos). Após aquela reunião todos saíram bastante empolgados por sinal, afinal quem não queria entrar em sociedade de uma empresa sem gastar nenhum vintém, após a reunião marcamos uma outra reunião no inicio da semana pra já decidirmos o real tema, pra já começarmos a trabalhar em cima dele, ao colocar minha cabeço sobre o meu travesseiro naquela noite fiquei pensando no tema “sexualidade” e me venho a pergunta: Como queríamos criar uma credibilidade no mercado já iniciando um evento com sexualidade? Então, pensei se queremos fazer algo que envolva tanto os estudantes e seus pais, porque não trabalharmos um assunto tão vigente, que é namoro virtual. Levantei com um entusiasmo e pus a procurar meu caderno que tinha anotado supostos temas para um evento. Ai apareceu “Paixão a primeira teclada”, foi quase amor a segunda vista, porque tinha anotado por ter achado um artigo na internet que vinha com esse titulo, depois de ter encontrado o nome dormir tranqüila, pensando que já tinha resolvido o maior problema, o que eu não sabia que muitas águas ainda iriam rolar. Iniciado a semana, compartilhei da idéia com alguns companheiros da comissão, alguns tiveram dificuldades em aceitar, mas no fim acabaram aceitando. Resolvido o tema, agora vamos a outra etapa, procurei a coordenadora do nosso curso para saber como se procedia para fazermos um evento na quadra, ela aconselhou que conversássemos com a responsável pelos eventos na faculdade, no outro dia assim o fizemos, nos indicaram fazer uma ementa do evento, no outro dia já o apresentamos com o dia que prevíamos para acontecer, foi demarcado 23 de março, já tinha pontuado os palestrantes que iríamos convidar e tudo mais, já tínhamos a presença confirmada de um dos palestrantes, estávamos batalhando pelas coisas, eu e minha fiel escudeira Gleica Mirela, até que no dia a nossa querida coordenadora nos dá uma banho de água bem gelada, nos informando que não seria possível fazermos o evento na faculdade por conta dos professores já terem o cronograma fechado e também recebemos a noticia de que não poderia ser feito na quadra, porque tudo é marcado com certa antecedência, deparamos com nossa primeira derrota, mas quem disse que isso foi suficiente para nos parar, afinal de contas somos brasileiras não desistimos nunca.rsrsrs.Reuni imediatamente a “minha equipe”, e falei do problema que teríamos que resolver, saíram todos de lá com o trabalho de casa a ser feito (encontrar profissionais que pudessem está falando sobre o assunto e o local), chega mais um início de uma semana, ninguém me procura pra me da nenhum retorno, esperei no outro dia, não via uma mosca se quer me cutucar pra me falar se tinham conseguido algo, a partir desse momento  percebe que minha equipe não era composta das 13 pessoas que eu estava custava a crê que era e sim por 3 pessoas (Eu, Gleica e Cris), conforme percebido fui novamente fazer todo o movimento, parei um dia da minha vida, que apesar de eu não trabalhar, não ter filhos ou marido, eu tenho e sentei do lado do telefone com uma lista telefônica e um caderno, liguei para todos os possíveis locais que tivesse um auditório para comportar uma boa quantidade de pessoas, depois de varias ligações, consegui um local mas para realmente consegui-lo tive que fazer um oficio, é meus queridos um oficio, nunca tinha feito um em toda minha vida, então recorri a minha outra companheira internet e passe horas e horas buscando um exemplo de ofício, consegui achar um que não tinha bem haver com o que eu queria mas usei de modelo, e lá estava eu fazendo um oficio para poder conseguir local, depois de pronto, esperei passar o feriado, fui entregá-lo, no meio do caminho o suplicava pra que eles aceitasse o meu oficio amador, no mesmo dia recebo um telefonema dizendo que tinham lido o oficio e já tinham reservado para o nosso evento. Ao receber essa noticia, nasce novamente a esperança de que tudo iria dá certo. Local, reservado. Próximo passo ir atrás de palestrantes, todos que convidei aceitaram, vi que tudo tava indo de vento em pompa, até que começa assoprar ventos fortes, tentando afundar nosso barco. Um dos palestrantes me envia por email sua desistência, depois fomos as outras faculdades na esperança de divulgarmos nosso evento, batemos na primeira porta, fomos aceitas, batemos na outra fomos humilhadas, não precisa nem dizer que eu fiquei péssima, revoltada com tudo que estava acontecendo, como já postei em outros textos, logo me venho a primeira pergunta: O que foi que eu fiz para merecer isso? Confesso que fiquei muito cabisbaixa, mas um novo problema buscar alguém para substituir a palestrante, por obra do acaso um profissional ao vê nosso cartaz se interessa e pergunta se ele pudera palestrar, sentir que tinha voltado ao normal. Durante a semana de prova fizemos uma parada para estudar, já que não assistíamos uma aula se quer por está resolvendo assuntos pertinentes do evento, fizemos as provas bastante inseguras, já que estudávamos, mas nada cabia em nossa mente a não ser o evento. Ao passar a semana de prova, retomamos a ativa de novo, marcamos o dia que iríamos à outra faculdade fazer as inscrições dos interessados, no dia cheguei exatamente as 8:30 para montar  a mesa, assim que chego me deparo com a barracão do porteiro, no qual peço para me comunicar com o responsável que tinha liberado nossa entrada e recebo a informação de que ele não se encontra, esperei até o bendito chegar, por cansar de esperar perguntei sobre o coordenador do curso, de primeiro o porteiro me respondeu que ele também não se encontrava, depois me chamou e liberou que eu entrasse para falar com o coordenador, quando informei ao coordenador do objetivo de estarmos ali, ele esbravejou ao ouvir o nome de um dos palestrantes, preocupo-me com a falta de educação que certos profissionais têm, pra que tanta competição? Entendo uma coisa, quando você é bom naquilo que faz, não precisa andar preocupado com o seu oponente e outra coisa, acabam privando seus próprios alunos de adquirirem extras conhecimentos, pessoas que não tem nada haver com os seus respectivos espírito competitivo, triste saber que no parâmetro de educação existe isso, algo que já foi quebrado pelas emissoras, onde uma não podia mencionar o nome da outra e hoje vêm que não perderam nada finalizando com essa meninice. Depois de ter escutado o coordenador do curso trovejar, me retirei continuei a esperar o coordenador geral da faculdade, até porque achei muita ousadia da parte dele não permitir algo que já tinha sido permitido pelo seu superior, esperei deu 9:30, dois colegas que se dispuseram a ficar comigo no período da manhã, tiveram que sair, eu continuei a esperar, sentada só praticando a observação, foi nessa hora que tive a imensa vontade de está portando meu “Dario de bordo”, deu 10:00, 11:00 e finalmente 12:00, nada do bendito chegar, sai fui almoçar com a fiel escudeira, após de muitas resenhas, retornamos novamente a faculdade, falamos com o bendito, ele propôs a pedir um funcionário que montasse uma mesa para gente, isso meus queridos (as) era as 14:00, passasse 15::00 e quando chega perto de dá 16:00 ele passa pela gente finge nem nos conhecer, e nada da querida mesa, resolvemos então ir para nossa querida faculdade, pra fechar o nosso dia recebemos a noticia de que um dos nossos palestrantes tinha sido preso, exatamente isso que vocês leram PRESO, tudo desmoronou-se de uma vez sobre minha cabeça, pois já era início de abril e ninguém tinha se inscrito principalmente os nossos colegas de sala. Isso me aterrorizou fazendo pensar em que tudo estaria acabado, definitivamente tinha ficado sem chão. Não posso esquecer que durante a isso tudo que descreve a vocês, não detalhei o que aconteceu com a grande empreitada e com os outros componentes que eu pensava em ser minha “equipe”. Enfim, a dona da empresa desistiu de estabelecer sociedade com os colegas, já que os mesmos não moveram uma só palha pelo evento, desde o inicio. Só sei que por conta desse evento recebi varias características que nem sonhava em tê-las: imatura, egoísta, falsa. O que tanto temia aconteceu, pessoas que considerava como amigas, acabaram confundindo a Priscila (amiga) com a Priscila (Presidente da Comissão de formatura) e as mesmas desde o principio não recebe um menor apoio só julgamentos tenebrosos ao meu respeito. Apesar de todos esses obstáculos que tivemos que ultrapassar para chegar até aqui, vejo que tudo foi valido, foi bom para perceber quem realmente é por você, o quanto fomos fortes. Hoje reluto pra que eu tenha pensamentos positivos de que tudo sairá da mais perfeita ordem no dia, é isso que eu espero, é isso que todos esperam.      
Para finalizar o meu post, gostaria de deixar uma parte de um dos textos de Clarice Lispector, que apesar dele ter se tornado clichê de muitos perfis de Orkut, é único que encontrei que traduz de uma forma poética tudo que senti e to sentindo.
“Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? Eu adoro voar!”